Primeiros cursos no Brasil

No século XX, a Educação Física esteve estreitamente vinculada às instituições militares e à classe médica. Esses vínculos foram determinantes, tanto no que diz respeito à concepção da disciplina e suas finalidades quanto ao seu campo de atuação e à forma de ser ensinada. Visando melhorar a condição de vida dos brasileiros, muitos médicos assumiram uma função higienista e buscaram modificar os hábitos de saúde e higiene da população.

A Educação Física, então, favorecia a educação do corpo, tendo como meta a constituição de um físico saudável e equilibrado organicamente, menos suscetível às doenças. Além disso, havia no pensamento político e intelectual brasileiro da época uma forte preocupação com a eugenia. Como o contingente de escravos negros era muito grande, havia o temor de uma "mistura" que "desqualificasse" a raça branca. Embora a elite imperial estivesse de acordo com os pressupostos higiênicos, eugênicos e físicos, havia uma forte resistência na realização de atividades físicas por conta da associação entre o trabalho físico e o trabalho escravo. Qualquer ocupação que implicasse esforço físico era vista com maus olhos, considerada "menor". Essa atitude dificultava que se tornasse obrigatória a prática de atividades físicas nas escolas. Dentro dessa conjuntura, as instituições militares sofreram influência da filosofia positivista, o que tais instituições também pregassem a educação do físico. Almejando a ordem e o progresso, era de fundamental importância formar indivíduos fortes e saudáveis, que pudessem defender a pátria e seus ideais.

Assim, a história dos cursos em Educação Física no Brasil inicia-se com a criação do primeiro curso provisório de Educação Física do Exército em 1910. Com a introdução dos primeiro curso, participavam, em sua maioria, militares e tinham como professores ex-atletas e médicos, tendo uma duração de cinco meses (FIGUEIREDO, 2005) No entanto, os primeiros cursos civis foram criados em São Paulo em 1934 (que tempos depois foi incorporada a Universidade de São Paulo) e no Rio de Janeiro em 1939, na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Este último criado pelo decreto-lei 1212 de 17 de abril de 1939 tinha como objetivo ser a escola padrão na formação de Educação Física no Brasil, apesar de naquela ocasião já existissem outras escolas de formação na área da Educação Física no país, ela foi à primeira instituição de ensino superior em Educação Física pertencente a uma universidade (UFRJ, 2006) e que curiosamente outorgava diferentes títulos com diferentes durações: Licenciado - 2 anos, Normalista especializado em Educação Física - 1 ano, Técnico desportivo - 1 ano, Treinador e Massagista desportivo - 1 ano e Médico especializado em Educação Física e desporto - 1 ano. (FIGUEIREDO, 2005).

Tempo Médio de Formação

O Ministério de Educação (MEC) regulamenta a carga horária mínima do curso de graduação superior em Educação Física de:
Bacharelado: Carga horária obrigatória mínima de 3.200 horas - o que dá quatro anos de estudos.
Licenciatura: Carga horária mínima obrigatória de 2.800 horas, que se convertem entre três anos e meio e quatro anos de estudos.


Carga horária da graduação em Educação Física:
400 horas de atividades práticas
400 horas de estágio curricular supervisionado
800 horas de aulas regulares para os cursos de licenciatura e 2.400 para os de bacharelado
200 horas para atividades de pesquisa (bolsas de iniciação científica, monitoria, extensão, etc.)


Onde Estudar ?

Fonte: INEP.
Fonte: INEP.
Fonte: INEP.
Fonte: INEP.

Atualmente no Brasil, existem 599 Instituições de Ensino Superior no curso de Educação Física. Sendo 510 em Instituições Particulares e 89 em Instituições Públicas ( 39 Federais, 19 Estaduais e 22 Municipais). 

No ano de 2017, foi-se registrado o número de 79,677 vagas para o curso, com 250,000 inscritos e um total de 45,752 ingressos durante esse período.
 

Referência: Inep.org.br

A procura pelo curso de educação física vem crescendo muito ao longo dos anos, muito se dá por uma maior valorização desta profissão no Brasil.



Fonte: INEP.
Fonte: INEP.
Fonte: INEP.
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